Aniversário do Paulistinha será comemorado neste domingo, 3 de agosto, no Recanto do Tio Patinhas (Foto: Divulgação/CAP) |
Escrito por Gustavo Curvelo
O final de semana é de
comemoração no Clube Atlético Paulistinha, que comemora 56 anos neste domingo
(3). Mesmo com o time afastado de competições promovidas pela Federação
Paulista de Futebol, a diretoria optou por comemorar a data especial com um
churrasco no Recanto do Tio Patinhas, sede do clube que fica anexo a UFSCar.
O evento começa às 8h30, e como
era de se esperar, terá muito futebol. Ao todo, os garotos do CAP realizarão
seis amistosos de diferentes categorias contra o Aliança Futebol Clube,
escolinha de Araraquara. Depois, será oferecido aos atletas e convidados um
almoço, cujos gastos serão repartidos, e que tem previsão para terminar às 17h.
Segundo Viviane Almeida,
coordenadora pedagógica e secretária do clube, a celebração visa divulgar o
nome da equipe para que outras crianças também possam se tornar atletas. “Queremos
que as pessoas conheçam o trabalho do Paulistinha, até porque tem gente que
acredita que cobramos mensalidade ou taxa de matrícula, mas não é assim que
funciona. Somos uma entidade sem fins lucrativos e cobramos apenas o uniforme
dos atletas, pois temos em torno de 250 jogadores registrados, então não temos
condições de bancar isso para a molecada treinar. De resto, a família do garoto
não tem nenhuma despesa”, comenta.
Conhecido por seu departamento de
base e viagens ao exterior representando o país, o CAP teve como fundador o
falecido Marivaldo Carlos Degan, que pregava o lema “bom de bola, bom na
escola”. Agora, mesmo sob nova gestão, segue a mesma filosofia, e Viviane faz
questão de enfatizar o processo humano trabalhado no clube. “O futebol é um
processo educativo. A criança não vem aqui para simplesmente chutar bola e
fazer gol, e sim para aprender a respeitar os amigos, os colegas, os
professores, e assim por diante. Levamos em conta também o desempenho escolar.
Tanto que para o segundo semestre já pedimos o boletim das crianças, e se
alguém tiver problemas na escola, faremos uma conversa com os pais ou com o
garoto”, disse.
Profissionalismo
Quando assumiram a direção do
Paulistinha, os irmãos Vilmar e Gilmar Rodrigues tinham a profissionalização
como um sonho para o clube, e em 2010, o desejo tornou-se realidade. No mesmo
ano, a equipe disputou pela primeira vez o Campeonato Paulista da Segunda Divisão,
fazendo uma campanha modesta, mas importante na visão de Gilmar.
“Pela tradição que temos nas
categorias de base, o que faltava para o Paulistinha era o profissionalismo. Em
2010 fizemos um trabalho apenas contando com atletas da cidade, sabíamos da
nossa limitação, mas aprendemos bastante”, conta o Diretor de Futebol e técnico
do clube na oportunidade.
Eliminado na primeira fase, o CAP
ficou dois anos inativos e voltou ao cenário profissional em 2013, quando quase
conquistou o acesso para a Série A3. “Foi um trabalho marcante e diferente de
2010. Entramos pensando em chegar longe, e fomos até a quarta e última fase.
Naquele ano, aliás, tive vários momentos marcantes, mas a vitória contra o
Olímpia, nos acréscimos, nunca vai sair da minha memória”, disse Gilmar.
Mesmo com a boa campanha, o
Paulistinha não conseguiu atrair investidores para 2014, e está afastado
profissionalmente. Sendo assim, o pensamento é no futuro, e Gilmar prega
cautela.
“Vamos com os pés no chão, não
vamos passar com o carro na frente dos bois. O Paulistinha precisa se
reestruturar se quiser voltar ao futebol profissional para fazer bonito. Do
contrário, não vou colocar um time simplesmente para participar de um
campeonato. Se for para entrar, que seja bem estruturado e buscando o acesso”,
completa.
Enquanto o dia não chega, o clube
relembra seu glorioso passado e revela jogadores Brasil afora. O maior destaque
talvez seja o ex-lateral Fábio Aurélio, com passagem pelo Liverpool, além de
inúmeros atletas espalhados pelo mundo.
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