Rodrigo Ramos, supervisor de futebol do São Carlos FC: "A nossa filosofia é a de valorizar o trabalho dos nossos profissionais" (Foto: Saulo Marino) |
Escrito por Futebol de São Carlos
Em entrevista exclusiva ao
repórter Saulo Marino, o supervisor de futebol do São Carlos FC, Rodrigo Ramos,
revelou como o clube já está trabalhando para montar uma equipe profissional em
2015. “O objetivo do nosso trabalho é o acesso”.
Apostando no fortalecimento das
categorias de base como fórmula para o sucesso, o cartola revelou também como
será feita a escolha do treinador para os profissionais. Além disso, explicou
como o planejamento foi dividido. Se no Sub-15 e no Sub-17 não existe pressão por resultados, e sim para revelar jogadores, no Sub-20 os garotos precisam
trabalhar forte para mostrar serviço.
Saulo Marino: Os jogadores que
vão defender o São Carlos na Copa São Paulo de Futebol Junior em janeiro precisam ter um vínculo com o
clube até o dia 17 de setembro. Vocês irão realizar mais alguma peneira?
Rodrigo Ramos: O
planejamento foi dividido em duas etapas, e o presidente designou-me responsável
pelo departamento de capitação de jogadores.
As inscrições para o campeonato
paulista terminam no dia 18 de agosto, e até lá entre seis e oito jogadores estão
sendo avaliados por semana. Estamos interessados em jogadores nascido nos anos
de 1995 e 1996.
Primeiro fizemos as peneiras. O
zagueiro Lenin, por exemplo, foi aprovado na peneira realizada no Recanto do
Tio Patinhas, no Paulistinha, e está atuando entre os titulares do Sub-20.
Num segundo momento vamos focar
na Copa São Paulo. Alguns jogadores do elenco Sub-20 não terão condições de
atuar na Copinha devido a idade, caso do volante Eberson, o meia Willian, e o
atacante Lucão, que nasceram em 1994.
Partindo disto, vamos trabalhar carências:
o objetivo é analisar os atletas do juvenil, ver se eles têm condições de
suprir essas necessidades. Entre o Sub-15, Sub-17 e Sub-20, temos mais de 100
atletas. Se não encontrarmos aqui um com a característica desejada, então vamos
buscar fora.
Saulo Marino: Qual é o objetivo
deste trabalho, existe pressão por resultados?
Rodrigo Ramos: Não exigimos
resultados no Sub-15 e Sub-17, lá o objetivo é formar bons jogadores. Estamos
focados no Sub-20, depois na Copinha, e por fim a Série B. O objetivo do nosso trabalho
é o acesso.
Saulo Marino: Estes atletas que
não terão condições de jogar a Copinha serão emprestados ou dispensados? Como o São Carlos
planeja não deixar os jogadores parados?
Rodrigo Ramos: O Willian, por
exemplo, jogou a A3, é um atleta interessante, que teve o contrato renovado. Quando
acabar o Sub-20 ele ficará treinando com o elenco, mesmo sem disputar jogos
oficiais, apenas para manter o ritmo. Cada caso é um caso, vamos analisar todos os nomes que temos a disposição.
Saulo Marino: Muito se fala sobre
quem será o treinador da Série B. O São Carlos já tem algum nome?
Rodrigo Ramos: Tenho falado muito
com o presidente que futebol é momento e perfil. Existe treinadores de A1, A2 e
A3. Não adianta trazer para a Série B o Sérgio Guedes, por exemplo, que
trabalhou com a gente em 2006. É um cara vencedor, seleção brasileira, mas que
tem o perfil de trabalhar com jogadores de primeira divisão.
E mais. A nossa filosofia é a de valorizar
o trabalho dos nossos profissionais. O presidente Carlos Antunes irá priorizar
o trabalho do Marcos Campagnollo. Se ele demonstrar no Sub-20 que tem condições
de ser o técnico na Série B, ele será o treinador. Porém, se precisarmos trazer
alguém, vamos atrás de um nome com perfil para trabalhar na Série B.
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