O treinador Marcos Campagnollo, que assumiu o time no período da Copa do Mundo, nem estreou oficialmente e já tem um problema nas mãos (Foto: Gustavo Curvelo) |
Escrito por Saulo Marino e Gustavo
Curvelo
O técnico Marcos Campagnollo, da
equipe Sub-20 do São Carlos, criticou a demora do Tribunal de Justiça
Desportiva em julgar o caso envolvendo sua equipe e o Independente de Limeira,
que deverá acontecer apenas na próxima segunda-feira, dia 21 de julho. Revoltado,
o treinador disparou. “Por mim nem tinha jogo”, esbravejou.
A situação vem se estendendo desde
o dia 31 de maio, em jogo válido pela sexta rodada do Paulistão da categoria, e a solução pode desagradar as duas equipes. Na ocasião o
árbitro Douglas Marcucci cedeu à pressão de dirigentes do Independente, que
alegavam falta de policiamento no Luisão, e paralisou a partida aos 21 minutos
do primeiro tempo, quando o São Carlos já vencia por 1 a 0 - clique aqui para relembrar o caso.
O julgamento foi remarcado duas
vezes desde então, e finalmente julgado no dia 30 de junho. O São Carlos era o
réu, mas acabou absolvido da denúncia de que promoveu a partida sem a segurança necessária. A decisão inicial era
de que o confronto deveria continuar de onde parou.
Se corre o bicho pega
Insatisfeita com a decisão do
Tribunal, a diretoria do Independente entrou com um recurso no dia 14 de julho. O
TJD acatou, e marcou um novo julgamento para o próximo dia 21.
O objetivo do time de Limeira é conquistar
os pontos da partida no tapetão, sem precisar entrar em campo, e
consequentemente encostar na ponta da tabela. Enquanto o São Carlos é líder do Grupo 4 com
15 pontos, cinco vitórias em cinco jogos, o Independente vem logo atrás, com 11
pontos, três vitórias e dois empates. As duas equipes são as únicas do grupo
que ainda não perderam.
Se ficar o bico come
Porém, caso a partida continue
mesmo de onde parou, um detalhe pode prejudicar muito o São Carlos. Segundo o regulamento
da competição, a súmula deverá ser a mesma do dia 31. Ou seja, as duas equipes
deverão retornar a campo com os mesmo atletas escalados.
A questão é que daquele time que
começou como titular, quatro jogadores da Águia não estarão disponíveis. O zagueiro Rodolfo e
o volante Ataíde foram negociados com o Juventus, e o goleiro Sérgio está
contundido e passará por uma cirurgia. Além deles, o reserva naquela ocasião, Rodrigo
Botelho, já não faz mais parte do elenco.
Sendo assim, caso a decisão inicial
do TDJ for mantida, o São Carlos precisará improvisar um jogador de linha no
gol e fazer as três alterações para continuar a partida com 11 jogadores em
campo. Outro detalhe importantíssimo é que o meia Rafael Oller, destaque da
equipe, tinha sido poupado na ocasião, e também estará fora do confronto.
Justiça
Após o primeiro julgamento, a
Federação Paulista de Futebol (FPF) chegou a marcar o duelo para o dia 30 de
julho. Caso não haja uma definição imediata, o próximo compromisso do São
Carlos será no dia 2 de agosto contra o Rio Claro, às 15h, no Estádio do
Luisão.
De qualquer maneira, Campagnollo demonstra
insatisfação com o calendário apertado e com a possibilidade do jogo continuar
ainda no mês de junho, e propõe uma solução justa. “É uma situação bem complicada. Retornamos as atividades
apenas nesta semana”, lamenta o comandante, observando que seus atletas estavam
em férias no período da Copa do Mundo.
“O jogo deveria começar de novo,
com outra súmula, outra escalação, 0 a 0, com 90 minutos a serem disputados. É a
maneira justa, para ninguém sair prejudicado”, aconselhou o treinador da Águia, que abriria mão do gol marcado por Matheus.
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