Felipe Rossi acredita que o Grêmio foi o primeiro de uma sequencia de clubes tradicionais que deixou de existir no futebol paulista (Foto: Flickr/Malkav) |
Escrito por Felipe Rossi*
O ano era 2003 e Eduardo José
Farah saía da presidência da Federação Paulista de Futebol (FPF). Um ano
depois, caía a primeira peça do efeito dominó, o Grêmio Sãocarlense, levando
consigo diversos clubes do interior paulista. Pouco mais de dez anos depois,
morre o ex-presidente Eduardo Farah, vindo do interior, com indícios de que
estamos no início do fim.
Na manhã do último sábado (17),
morreu o ex-presidente da FPF, Eduardo José Farah, aos 80 anos, que estava
internado desde novembro do ano passado. Farah nasceu em Campinas e havia sido
presidente do Guarani antes de chegar ao cargo de principal homem do futebol
paulista, onde ficou de 1988 à 2003, com quinze anos de uma gestão inovadora e
polêmica.
Uma de suas bandeiras sempre foi
ajudar o futebol do interior paulista a crescer e, em seu período de gestão,
alguns clubes passaram pelo seu ápice. Evidentemente, uma dessas equipes foi o
extinto Grêmio Esportivo Sãocarlense, que disputou a Série A1 do Campeonato
Paulista de 1991 a 1993 além da Série C do Campeonato Brasileiro em 1996, e
permaneceu na Divisão Intermediária (atual Série A2), lutando para retornar à
elite, até o ano de 2003, mesmo ano em que Farah se desligou da Federação.
Como bem sabemos, times que
trilharam o mesmo caminho do Grêmio existem aos montes... Coincidência? Claro
que não!
Alguns, com um pouco mais de
sorte, voltaram às atividades depois de se licenciarem por dívidas, como
ocorreu com o Araçatuba (AEA), ou retornaram aos campos com nomes semelhantes,
como é o caso do atual Novorizontino, da Votuporanguense e do Catanduvense.
Existem ainda aquelas agremiações
que não acabaram, mas vivem esquecidos e bem longe das divisões de elite, como
é o caso da Inter de Limeira, campeã paulista em 1986 e atualmente na Série A3;
XV de Jaú, União São João de Araras e Portuguesa Santista, que lutam para
sobreviver na Série B (equivalente a quarta divisão paulista), além de América
de São José do Rio Preto e Noroeste de Bauru, que caíram junto ao São Carlos justamente
para a Série B de 2015.
Antes de 2003
Com Farah no comando da FPF, o
futebol paulista viveu um período de destaque no cenário nacional. De 1994 até
1999, quando o Brasileirão oscilou entre 22 e 26 equipes, pelo menos oito eram
paulistas (com exceção de 1996, quando sete paulistas disputaram o campeonato).
Em 2000, na Copa João Havelange, surgiu a surpresa São Caetano, fazendo com que
nove paulistas disputassem em 2001. O Azulão ainda chegaria na final da
Libertadores em 2002 – perdendo nos pênaltis -, o primeiro clube do interior de
São Paulo a conseguir tal feito.
O futebol mudou, o Brasil mudou e
o mundo mudou. Mas é incrível como logo após a saída de Farah, o futebol
paulista tenha decaído tanto! Repito: Coincidência? É claro que não...
BOLA EM JOGO
Começou!
Foi dado o apito inicial no Campeonato Amador de São Carlos
em 2014, o ano da Copa do Mundo no Brasil...
Com classe
E a partida entre Santa Fé 1 x 3 Jardim Cruzado deu uma
excelente prévia do que vem por aí: um jogaço com direito a um gol do meio de
campo e outro olímpico! clique aqui para ver os melhores lances
Tchau, lanterna!
E o “XV do Gilmar” já saiu da lanterna! Bateu o Lemense e
segue com chances de classificação na Série B...
100%
Sub-20 segue com aproveitamento total após vencer a Francana
por 2 a 1. São dois jogos e duas vitórias na Primeira Divisão do Campeonato Paulista
da categoria!
Agradecimento
Muito obrigado ao amigo Marcos Serra, que sem querer me
ajudou a escolher a pauta desta coluna! clique aqui para entender
*Felipe Rossi tem 23 anos e é jornalista esportivo. além de
graduando em Ciências Sociais na UFSCar. Apaixonado pelos times da Cidade do
Clima, frequenta as arquibancadas do Luisão desde o fim da década de 1990.
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