terça-feira, 29 de abril de 2014

POLÍTICA: Ministro diz "torcer" por protestos durante a Copa do Mundo

Estopim dos protestos de 2013 foi o aumento do transporte público, mas houveram outras reivindicações (Foto: Saulo Marino) 
Escrito por Futebol de São Carlos

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse na última segunda-feira torcer para a realização de protestos durante a Copa do Mundo deste ano, por entender que as manifestações mostrarão ao mundo a força da democracia brasileira.
“Tomara que aconteçam as manifestações porque, diferentemente de outros países, temos uma democracia viva e torço para que haja manifestações. Queremos que os turistas vejam nossa democracia pulsante”, disse ele a jornalistas antes de participar de um encontro com movimentos sociais no Rio de Janeiro.
No ano passado, na época em que era realizada a Copa das Confederações, o país viveu uma onda de manifestações, deflagrada pela contrariedade gerada pelo aumento das tarifas do transporte público, mas que acabou por trazer uma gama de insatisfações, como com a qualidade dos serviços públicos e os gastos públicos com a Copa do Mundo. Houve protestos inclusive em São Carlos, com mais de 10 mil pessoas fechando o transito na principal avenida da cidade.
Os protestos tornaram-se violentos em várias partes do país, inclusive nas seis cidades que sediaram jogos da Copa das Confederações, evento-teste para o Mundial deste ano. Carvalho disse esperar que tais cenas de violência não se repitam, e reconheceu os exageros cometidos também pelos policiais. Segundo ele, para que a violência não seja reeditada, foi criado um plano nacional de capacitação e qualificação de policiais para lidar com esse tipo de cobrança social.
Durante o evento na capital carioca, manifestantes gritaram palavras de ordem contra a Copa do Mundo e houve um princípio de tumulto entre os participantes do encontro.
Ainda assim, Carvalho disse que o governo pretende usar os próximos 46 dias até a abertura do Mundial, com a partida entre Brasil e Croácia em São Paulo, para mostrar à sociedade que a Copa não é um fracasso e que o torneio trará vantagens ao país.
“Apostava-se que os estádios não ficariam prontos e quebraram a cara... o fracasso não está se evidenciando. Somos capazes sim de fazer uma grande Copa”, disse.
Resta saber se novos protestos, como vimos em julho do ano passado, voltarão a acontecer por todo o país, inclusive no interior paulista.

Manifestação em São Carlos, em junho de 2013, fechou a principal avenida da cidade e reuniu mais de 10 mil (Foto: Saulo Marino)

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