terça-feira, 8 de abril de 2014

JOGO DO ANO: Enquanto supervisor cobra jogadores, técnico mantém esperança

Técnico Rodrigo Santana tenta motivar os atletas: "Temos que estar bem de cabeça para vencermos" (Foto: Divulgação/São Carlos FC)
Escrito por Gustavo Curvelo

Antes do início da Série A3, a promessa da diretoria do São Carlos Futebol Clube era de um time brigando pelo acesso. Usando a Copa Paulista como base para formar o elenco, o único representante sãocarlense ativo no futebol profissional queria retornar o mais rápido possível à Série A2, e consequentemente ficar mais próximo da elite paulista. Mas com o passar das rodadas, o sonho ficou cada vez mais distante, e os objetivos do clube passaram a ser na parte de baixo da tabela, brigando para não cair.
Com o modesto aproveitamento de 33,3%, com quatro vitórias, seis empates e oito derrotas, o São Carlos ocupa atualmente a 17ª posição da Série A3, e vai para sua última luta pela permanência no próximo domingo (13), quando recebe o Novorizontino às 10h no Luisão. Além de ter que vencer, precisa torcer por um tropeço da Francana contra o São José FC, que jogam em São Bernardo do Campo no mesmo dia e horário.
Entre a comissão técnica do time da Cidade do Clima, o sentimento atual divide-se entre esperança e lamentação. Comandante interino desde a quarta rodada, o técnico Rodrigo Santana mostra-se preocupado com os últimos resultados, mas garante que o São Carlos tem condições de se salvar do rebaixamento. “Nosso time tem um volume de jogo enorme e o controle das partidas, mas no final sempre entregamos o resultado”.
“Se quisermos a permanência, temos que trabalhar principalmente o psicológico, que é o que estamos fazendo. Temos que estar bem de cabeça para vencermos o jogo, mesmo sabendo que o Novorizontino também precisa do resultado para chegar ao seu objetivo, que é ficar entre os quatro primeiros colocados”, lembra o treinador.
E para quem pensa que o São Carlos, por enfrentar um time já classificado para a segunda fase, tem como chance mínima a permanência, está enganado. No retrospecto da equipe, das quatro vitórias obtidas no campeonato, duas delas foram contra Rio Preto e Independente, equipes que já estão classificadas para a segunda fase. “Vencemos também a até invicta Santacruzense, a e Francana, que estava em boa fase”, recorda Santana.
Para o duelo decisivo, ele adverte que todo o esforço é necessário. “Já conversei com os jogadores e deixei claro que só relacionarei quem estiver 100% fisicamente, taticamente e focado no jogo”, completa.

Extracampo

A possibilidade de rebaixamento também é motivo de lamentação por parte da diretoria, inclusive por causa do planejamento traçado. “Pelo investimento que foi feito, não era para o time estar brigando para não cair”, afirma o Supervisor de Futebol da equipe, Rodrigo Ramos.
O dirigente lamentou a falta de apoio do município, e diz que quem mais perde é o apaixonado pelo futebol. “Se cairmos, não é a cidade que perde tanto, mas sim uma minoria da população que gosta do esporte, pois o nível da Bezinha é terrível. O São Carlos conseguiu chegar à Série A2 de 2012, e ao invés de fazermos como o Capivariano, que conseguiu o acesso para a elite neste ano, fomos para o lado inverso, e hoje colhemos o resultado”, lamenta.
Rodrigo Ramos também da uma bronca nos atletas, e cobra superação no jogo do ano. “Agora não tem mais o que falar nem o que fazer, a motivação é poder estar fazendo o que eles gostam, que é jogar futebol. Cada um sabe o quanto é responsável pela situação, e cabe aos atletas que deixaram o clube à beira do rebaixamento retirar o São Carlos dessa situação”.


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