terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SÉRIE B: Dirigente afirma que Paulistinha pode 'mudar de cidade' em 2014

Gilmar Rodrigues espera investimentos para manter o profissional do CAP na ativa (Foto: Divulgação/FPF)


Escrito por Gustavo Curvelo e Saulo Marino

Como adiantou o colunista João Victor Gonçalves, na última quinta-feira, em seu artigo para o Futebol de São Carlos, o Clube Atlético Paulistinha pode “mudar de cidade” em 2014. Quem garante é o dirigente Gilmar Rodrigues, que também acumulou o cargo de técnico da equipe durante a brilhante participação no Campeonato Paulista da Segunda Divisão em 2013.
Apesar de ter jogado um futebol bonito e chegado à última fase da competição, o dirigente acredita que a equipe sofreu com a falta de envolvimento da cidade, que pouco se interessou em incentivar o tricolor com recursos financeiros e apoio do torcedor. Como não conseguiu o acesso, a diretoria do clube se reuniu e tomou a decisão de pedir licenciamento à Federação Paulista de Futebol para a categoria profissional no ano de 2014, atitude seguida também pelo Américo Esporte Clube. Porém, enquanto a equipe de Américo Brasiliense teve seu desejo atendido pela Federação, o CAP ainda não teve retorno. Especula-se que a FPF não respondeu ao pedido do Tio Patinhas muito pelo fato da boa campanha na Série B, o que seria um indicativo ruim que poderia manchar a entidade máxima do futebol paulista. Afinal, como um clube que teve uma ótima campanha em 2013 não consegue ter investimentos para manter-se ativo um ano depois?
Em seu artigo, João Victor Gonçalves abriu a possibilidade de alguma cidade vizinha receber os jogos do Paulistinha no profissional em 2014 como forma de manter a equipe ativa, em troca de proporcionar a realização de partidas a nível estadual para seus eventuais moradores. Diante da condição e da proposta de inovação, Gilmar Rodrigues afirmou que “a possibilidade é real”.
Durante a Segunda Divisão, o Paulistinha teve uma das folhas salariais mais modestas de todos os 45 participantes, totalizando apenas R$ 14.800,00/Mês. Mesmo assim superou equipes tidas como milionárias para o padrão da competição, e não conseguiu o acesso por meros detalhes. “Tenho que dar resposta à Federação se jogaremos ou não em 2014, e o local onde mandaremos os jogos, até a primeira quinzena de janeiro. Se houver apoio de fora da cidade, e persistindo a situação que nos encontramos em São Carlos, nós mandamos os jogos do profissional lá”, dispara o dirigente.
“Se a cidade de São Carlos nos apoiar, mesmo tendo interesse de alguma outra cidade, permanecemos mandando as partidas aqui, afinal nossa sede está em São Carlos, ou seja, sempre seremos um clube de São Carlos”, avisa.
A declaração do prefeito Paulo Altomani na premiação da Copa São Carlos, deixou Gilmar otimista quanto à permanência do futebol profissional do Paulistinha em São Carlos. Na oportunidade, Altomani afirmou que seu governo priorizou setores essenciais em 2013, e que em 2014 dará maior apoio ao esporte. “A declaração dele nos deixa bastante esperançosos e otimistas. Se a prefeitura nos ajudar será bom não apenas para o Paulistinha, mas também para a cidade. O CAP não quer tanto dinheiro, mas sim apoio, ajudando com despesa de transporte, de ambulância, entre outras coisas”, acrescenta.
O dirigente e técnico da equipe profissional em 2013 aproveitou a oportunidade para analisar a falta de apoio que receber do poder privado - exceção feita a uma empresa e ao fornecedor de material esportivo. “Eu acho que o investidor ficou com a visão daquela equipe de 2010, então ninguém poderia apostar no Paulistinha neste ano para ter retorno. Só que em 2010 fiz algo que ninguém jamais tinha feito em São Carlos: montar um time com todos os atletas sendo da cidade”, lembrou.
Para 2014, a esperança de Gilmar Rodrigues é conseguir R$30 mil /mês, principalmente para poder contratar mais atletas, e não sofrer com o elenco reduzido, como aconteceu na última edição da Série B. “Com esse dinheiro, o Paulistinha sobe de divisão fazendo uma campanha muito boa, perdendo um ou outro jogo e olha lá”, disse. Mas para o baixo público nesse ano, a resposta não foi tão fácil assim. “Não tem explicação! Fizemos uma boa campanha com um belo futebol e chegamos longe na competição. Não tenho resposta para esta pergunta”, completa.

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